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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Warning: [Logical Error]


Devo estar muito louco para escrever isso...

Faz tempo que não organizo minhas crenças principais e hoje resolvi repassar algumas delas na minha mente. Por coincidência havia lido um artigo da revista Veja sobre um assunto “nada discutido” atualmente: Religião... [Sarcasmo]

Antes de continuar devo declarar que sou religioso...

Passarei alguns dos meus pensamentos sobre a existência de uma entidade superior e racional. Nada será forçado, falarei de coisas óbvias.

Vamos tentar pensar em matemática esquecendo um pouco a associação que automaticamente fazemos a números. Matemática é lógica, testes de argumentos e proposições. A lógica está diretamente ligada à composição de idéias racionais e, portanto se reflete em qualquer aspecto da vida, a não ser que deliberadamente a neguemos e tomemos como base alguns de nossos valores pessoas ou crenças. [Que nem sempre podem ser defendidos num questionamento puramente racional].

Quando tratamos de religião por vezes entramos em conflito com algum senso de lógica. Posso dizer que é inevitável, e que a maioria dos argumentos a favor da existência de uma entidade Superior e consciente podem ser “jogados por terra” com algum esforço ou até facilidade em alguns casos ...

Há pessoas que dizem ver Deus na natureza ou dizem que Deus é a natureza e, por isso Ele existe. Um famoso matemático e filosófico de nome Leibniz tinha essa concepção. Pensando como ele, alguns religiosos apresentam sua crença. Notem que definir Deus dessa maneira é muito vago. Eu simplesmente poderia dizer que Deus é uma rocha, é claro que nessas circunstâncias Deus existe [vejam que não há nenhum rigor lógico, apenas postulei isso e pronto]. Porém, a noção religiosa mais aceita sobre Deus não pode ser defendida desse modo [é dela que estamos falando]. É claro que há outros grandes nomes da ciência que tiveram concepções de Deus mais próximas a “noção comum”. Enxergo-me na mesma situação desses grandes racionais, não no nível cultural, mas no dilema que apresentarei ainda nesta postagem. Nenhum religioso poderá citar esses “pensadores crentes” como exemplo a fim reforçar a negação de que sua crença pessoal pode ter uma falha lógica. Só porque alguém é um matemático de 1° categoria, não quer dizer que seus argumentos devam ser aceitos sem um teste rigoroso.

Outro ponto paradoxal é a Bíblia. Há religiosos que, sem saber argumentar a veracidade de todo seu conteúdo, simplesmente negam certas partes. Negam como? Fazem seleção do que vão crer ou apresentar como verdade. Porém, essa seleção é feita por critérios seculares. A aceitação do casamento homossexual em algumas igrejas é um exemplo. Agora pensemos: Se faço pequenas seleções do que vou acreditar utilizando critérios seculares, por que não secularizar toda Bíblia? No “senso comum” ela inevitavelmente perderia sua validade como guia de elevação espiritual. Lembrando o pensamento matemático: Se parte do conteúdo é inválido, não há como ter certeza de que outras partes, as que você escolher acreditar, também não são.

“Se alguém sabe que algo é tão importante que os argumentos contrários tornam-se conscientemente indiferentes a sua opinião, essa crença tende a ser uma força bruta. Que, em algum momento vai chocar-se com uma força brutal, então saberemos se esse alguém tem fé.”

Peguei alguns dados na Internet e vejo a sociedade, aparentemente 90% das pessoas não tem um senso lógico apurado o suficiente para analisar de maneira racional as proposições mais comuns. Quero dizer que grande parte da população brasileira e até mundial não sabe fazer um julgamento racional um pouco mais “complexo”. É muito comum notar a apresentação de premissas que derivam conseqüências, mas não há rigor algum. O interessante, é que mesmo assim as pessoas têm o argumento como válido. De fato, o pendor para matemática vem se perdendo. Não podemos dizer que um aluno que consegue resolver 200 equações rapidamente é “bom de matemática”. Não testamos sua habilidade lógica, que é muito mais que uma facilidade com a manipulação de números. A noção lógica em alguns casos se aproxima mais das palavras do que dos números. Alguém que não sabe resolver cálculos avançados pode ser lógico e racional, assim como um rapaz que é uma “verdadeira calculadora” pode ter uma noção lógica nula [isso é bem raro, mas há casos].

Certos argumentos teológicos começam com Y e partem para Z, mas entre as duas proposições não há muita coisa palpável. O argumento parece completo, início e fim, mas não há consistência, muitas pessoas deixam de notar isso, pois tem uma noção escassa de lógica.

Grande parte dos religiosos, talvez 90% como dito acima ou até mais, não tem fé [são ateus]. Ter uma religião como modelo de vida e dizer acreditar naquilo só satisfaz uma necessidade natural. Se a pessoas gostassem mais de matemática, pensariam com mais rigor. Isso colocaria muitas de suas crenças religiosas em xeque. Se após isso elas continuassem com sua suposta “fé inabalável” penso que seriam verdadeiros teólogos, noutro caso abandonariam sua frágil crença. Não há como dizer que um “religioso fanático” é fervoroso, ele nem ao menos notou onde suas poderosas verdades entram em confronto direto com a razão. Não notou, porque não desenvolveu a capacidade de julgar com precisão seus próprios conceitos. Logo, não há como saber se ele continuaria acreditando, porque sua fé não foi provada. Isso é ainda mais explicito nos “religiosos moderados”, que para fugir do questionamento selecionam o que lhes convém, mas nem pensam no por que, ou usam o “senso comum”, mas sem noção de lógica.

A maior parte dos “racionais” nega a existência de Deus... Pela lógica, se algo não pode ser provado “racionalmente”, não há como dizer que existe. Ou se alguma premissa do argumento é falsa, o mesmo nada mais é que uma falácia. Em resumo: Podem ser postulados vários argumentos até racionais para que Deus exista, porém, se um deles for impreciso... [erro lógico].

Tenho aqui meu dilema paradoxal [duas palavras que amo], vejo a maior parte das coisas como verdadeiro ou falso, a religião é uma delas. Tenho para mim que é VERDADEIRO, mas vejo os possíveis desvios e talvez falhas lógicas, pequenas ou grandes. Essa é uma força brutal que colidiu com minha crença a acredito ter chocado vários dos pensadores antigos, que assim como eu buscaram ver racionalmente seu mundo. Procuraram a prova definitiva da existência de Deus, encontraram evidências para sua crença, mas não puderam deixar de pensar em argumentos para sua própria descrença. Depois disso sentiram intuitivamente que há algo mais. Penso que esse sentir, mesmo depois de visualizar todos os possíveis caminhos para desacreditar, é a verdadeira fé. Fim

Isso é minha opinião pessoal, desculpem-me se ofendi alguém, não era essa minha intenção... Eu pensei em colocar essa narração num tom sarcástico, mas evitei pois queria deixar as palavras menos ácidas para algum “religioso ferrenho” que ainda não teve a oportunidade de confrontar seus próprios dogmas.

domingo, 14 de junho de 2009

Somos quem “somos”... [Há provas do contrário]

Estou feliz, são 2h56min na madrugada Sábado/Domingo e estou em Cabo Frio... A “Plin Plin” já foi dormir e eu aqui acordado pensando na vida. Lembrei do blog e agora começo a escrever tentando organizar minhas idéias nesse papel... [normal, eu tenho crises de insônia às vezes]

Há poucos dias estava conversando com uma grande amiga, a Amy... Uma de suas frases foi a seguinte pergunta retórica: "Como pude conhecer tanta gente legal em poucos meses?". Eu não pude deixar de imaginar o mesmo, é claro que meu subconsciente guardou isso para uma análise mais apurada em ocasião específica... E agora, estando aqui próximo da pessoa que mais amo, o questionamento veio à tona. Como passei todo meu tempo antes da “Plin Plin” sem ter ninguém importante na minha vida [além dos meus pais]?

Vocês devem lembrar que estudei na UERJ, porém lá, embora eu tivesse um comportamento mais similar a normalidade, não fiz nenhum "amigo". De fato, hoje não falo com ninguém da minha turma de psicologia. Sobre o ensino médio, posso dizer praticamente o mesmo, "amizades verdadeiras", [de lá] não tenho nenhuma [além da “Plin Plin”, que agora está a um nível acima disso ^^]. Pode parecer triste, mas não é, estou satisfeito com o que tenho hoje [muito mais do que mereço].

Ah sim, voltando...

Estou pensando, a percentagem mundial de introvertidos e extrovertidos é a mesma [50%]. Porém a consciência comum é de que o mais divertido é ser extrovertido, a imagem positivista sempre anda ao lado do comportamento extrovertido e a pregação sobre diferencial individual tende a extroversão das pessoas. [Exponha suas idéias ao mundo, seja o centro das atenções, mostre que você é o “cara”, características tipicamente extrovertidas]. Por que isso?

A explicação é complexa, mas tentarei colocar em palavras simples os pontos principais. Extrovertidos influenciam o ambiente e tendem a passar o seu humor aos que estão ao redor. As pessoas gostam de ser apreciadas por suas qualidades, logo um extrovertido irá procurar fazer com que as pessoas valorizem suas características, como desenvoltura ao falar em público, capacidade e prazer em ser o foco de atenção, exposição dos próprios sentimentos, etc. Assim, os 50% extrovertidos, com sua tendência inconsciente de passar seu “estilo” de comportamento ao ambiente social, foram tornando o mundo extrovertido, fazendo-o valorizar mais os seus tipos de característica.

Os Introvertidos absorvem muito mais idéias do que as passam, além de ter uma certa dificuldade em moldar o ambiente em que estão inseridos. Se não tiverem certo discernimento poderão introjetar muitos valores do meio a sua personalidade [é preciso equilíbrio]. Não pensem que introvertidos são “patinhos” influenciáveis, porém, naturalmente não são grandes influenciadores de grupo como os extrovertidos.
Agora pensemos, com a tendência mundial a favor do comportamento extrovertido, muitos introvertidos tornam-se mais reclusos. Isso porque ao observar um ambiente “hostil”, vem o instinto de auto-proteção [é mais difícil puxar assunto com alguém se todos já estão brincando e conversando, do que se todos estão "tranqüilos". E também, para os que estão na “roda” é difícil notar quem está quieto de fora]. Isso é o que ocorre com os Introvertidos, especialmente os mais tímidos ou "menos equilibrados", tendem a parecer isolados e em casos extremos são vistos como estranhos ou até esnobes por não quererem se entrosar.

Assim, muitos introvertidos procuram um comportamento “mais comum” e quando conseguem, em parte deixam de expor quem realmente são...

“Amizade é partilhar com outro o seu verdadeiro ser.“

Mas e quanto aos todos os 50% introvertidos, por que não se juntam e pronto? [isso é estranho, mas alguém poderia pensar]. Com sua tendência natural de se adaptar ao ambiente , o ser humano com o passar do tempo torna-se reflexo do meio. Isso, nos introvertidos é muito mais forte, na convivência as pessoas introvertidas em geral buscam aceitação e adotam comportamentos um pouco mais extrovertidos. Os novos Introvertidos que chegam ao mesmo ambiente, "por alto" vêem todos como extrovertidos e passam a se adaptar também... É um ciclo [estou “forçando” bastante e deixo de considerar diversos fatores que interferem no todo, mas isso é necessário para deixar mais óbvio de conciso].

Num ambiente tipicamente extrovertido, as pessoas tendem a dar mais enfoque as coisas triviais e "descoladas". Não que isso seja ruim, torna a convivência menos maçante e dá margem para brincadeiras que irão descontrair o ambiente. Porém, é relativamente comum encontrar pessoas que não são emocionalmente participativas, como já citei meu exemplo. PS: Embora a “Plin Plin” seja mais sociável que eu, ela também não herdou muitas amizades do ensino médio...
Enfim, muitos Introvertidos e tímidos estão por aí, imaginando não serem compreendidos, mas também, sem perceber escondem grande parte do que são realmente. A resposta para a pergunta no início da postagem [como pude conhecer tanta gente legal em poucos meses?]. No meu caso, parte disso é sorte ou quem sabe destino, por encontrar as pessoas certas, a outra parte é uma atitude um pouco inovadora que tento aplicar... Ser um pouco mais de mim mesmo para os outros, talvez isso me faça ser realmente feliz, ou pelo menos liver. “Ver” [analisar] como as pessoas se sentem ou pensam é algo que minha psicóloga disse ser um dom, porém apenas agora tento usar isso para “o bem” [sim, é estranho, mas não ligo].

Algo interessante, muitos extrovertidos e até alguns introvertidos tem o “poder” de literalmente arrancar as pessoas de dentro de suas “conchas de falsa proteção”. A “Plin Plin” fez isso por mim. Agora também tenho a Yumi, outra grande amiga que junto da Amy é uma dessas pessoas, gosto de ficar perto delas, posso ser um pouco menos recluso sem, no entanto, deixar de ser eu mesmo.

Estou aqui, escrevendo... Pensando nas pessoas que gosto e como se deu uma mudança quase radical na minha existência depois de conhecer a “Plin Plin”... Talvez nessas horas, distante de todo caos no mundo, eu possa dizer que a minha vida simplesmente vale à pena...




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