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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Por que nascemos tão [jovens]?


Estou de volta para continuar as postagens no Blog, porém para a possível decepção dos que leram a seqüência [“Plin Plin” e eu], não poderei manter a escrita no mesmo estilo de narração, a história acabou [ou melhor, a continuação é o meu presente]. Agora, vou continuar com a idéia inicial de escrever sobre assuntos avulsos e genéricos [pena]. Bom, espero que vocês apreciem, caso contrário, posso apenas dizer que sinto muito...




Assisti a um filme interessante: “O Curioso Caso de Benjamin Button”...

Há algum tempo, conheci uma garota que estuda num internato em São Paulo. Numa de nossas conversas por MSN tentamos analisar como seria a relação “Crescimento x Amadurecimento” do ser humano.

Hoje é comum encontrarmos pessoas com vidas frustradas porque tomaram decisões erradas no passado, e agora recebem o “soldo” de suas ações. Eu não me refiro apenas às frustrações resultantes de um baixo investimento na vida acadêmica, que pode ou não promover sucesso financeiro [pregação capitalista]. Procuro ressaltar a pior frustração que existe, a descoberta de que o “tudo” que se tem agora não é, e talvez nunca seja suficiente. Esse “tudo”,pode ser visto no aspecto afetivo, financeiro ou qualquer outro...

“O problema é que amadurecemos tarde demais e envelhecemos cedo demais.”

Nossas decisões, que são resultado do nosso nível de maturidade, por vezes não acompanham a capacidade física ou intelectual respectivas a nossa idade cronológica. Ahn? Vou tentar explicar... Não é raro encontrar pessoas dizendo:

“Quando eu era mais jovem eu deveria...”

“Se eu tivesse feito [isso] na mocidade...”

Essas frases são evidências claras de que a maturidade condena grande parte das antigas decisões impensadas. Eu expliquei isso para essa amiga, que concordou com meu raciocínio. Na seqüência ela expôs o desejo de ser mais jovem do que é atualmente, pois teria feito muitas coisas diferentes [notem, ela tem apenas 23 anos].

“Um dos grandes sinais da maturidade é a consciência de que grande parte das antigas decisões foram erros.”

A ser humano erra muito mais do que acerta. É natural, pois convivemos com tantos erros que nos acostumamos. Depois de ela me dizer isso, eu pensei e questionei...

Partindo da premissa de que cada estágio de amadurecimento é marcado por uma reflexão que aponta erros anteriores, e supondo que fosse possível voltar o tempo [tal qual o desejo da minha amiga]: Eu tenho dezoito anos, então me “arrependo” do que fui aos catorze, quando volto aos catorze, me arrependo do que fiz aos dez , com dez anos percebo que cometi erros aos seis anos e assim por diante, sempre [regredindo]. Eu seria um bebê “super maduro”...

Minha amiga completou a idéia: Como bebês conscientes da situação atual e decadente da sociedade humana, escolheríamos “regredir” ainda mais, nem iríamos nascer. [Triste, não?]

Talvez, a incapacitação física de voltar o tempo, seja de fato, algo bom. Além disso, é válido ressaltar que o amadurecimento vem com as experiências pelas quais passamos. Uma criança nunca poderia ter o nível de maturidade de um velho, sem todas as experiências valiosas e até dolorosas que o mesmo enfrentou por também ser imaturo no passado. Experimentações que se fossem eliminadas, não dariam a ele os valores de “hoje”.

Entramos num paradoxo: Precisamos ser maduros o bastante pra acertar nas escolhas e salvar nosso futuro, porém, a possibilidade de acertar só aumenta à medida que crescemos [ou seja, erramos]. Nesse caso, qual a saída? Quem sabe, ouvir conselhos daqueles que são mais velhos que nós [geralmente mais maduros e experientes].

Porém, qual a relação entre tudo que escrevi até aqui e o filme citado no início dessa postagem? Na história do filme [que também é um livro] Benjamin Button nasceu com aparência e fisiologia de um velho [+/- 80 anos]. À medida que crescia, rejuvenescia. Mas não é esse aspecto da história que preciso focar...

Button foi criado num lar geriátrico, ouvindo as histórias de pessoas muito vividas. Aprendeu bastante, teve uma vida complicada por ser diferente. Porém, pude notar que a época “mais perfeita” de sua existência foi a meia idade, onde teoricamente, o seu nível de crescimento físico e sua maturidade estavam equilibrados. Resumindo: Ele nasceu com uma vida “ruim”, ela foi melhorando gradativamente e atingiu o ápice na meia idade [+/- 44 anos], a partir daí, começou a se “deteriorar” até que ele finalmente morreu... [Eu poderia colocar isso num plano cartesiano, onde teríamos uma parábola. O eixo horizontal é o tempo de vida em anos, e o eixo vertical seria a medição da qualidade de vida emocional e a satisfação do Sr. Button. Isso seria muito “nerd”...]

Admitindo que nosso crescimento [relativo à idade] e nosso amadurecimento possam ser equilibrados, a tendência de Button talvez, seja a mesma para todos nós. Até mesmo nas teorias da psicologia relativas ao MBTI [Myers Briggs Type Indicator], o equilíbrio entre as funções se dá a partir da meia idade, quando o indivíduo geralmente atinge o Maximo potencial de sua personalidade.

Fim

É claro que em contraste com toda argumentação proposta acima, em nossa carreira de vida podem ocorrer experiências traumáticas ou marcantes que alteram, distorcem [destroem] por completo o equilíbrio “Crescimento x Maturidade”, como é meu caso. Porém, deixemos isso como assunto para outra postagem, talvez...



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