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segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Solo" - Interlúdio Part. I



“Todos passam por fases difíceis, porém, poucos sabem que a capacidade de expor seu período de sombras com uma visão quase indiferente ao próprio sofrimento é um dos maiores sinais de superação” by myself


Ps: Ainda hoje, tenho acompanhamento psicológico semanal com a Dra. Raquel [Não usei pseudônimo, porque quando ela ler isso, talvez possa identificar algum elemento do meu subconsciente que eu ainda não consegui explicitar].


Atenção: Aqueles que me conhecem, por favor, não fiquem assustados ao lerem isso, especialmente você, meu amor ^^ [Mais que ninguém sabes que já superei esso fase]. Posso dizer que estou “feliz” hoje...


Durante o ensino médio passei a maior parte do meu tempo de consciência na escola [as aulas começavam às 7:30h e terminavam às 18:00h]. Como já contei, no 2° ano aprendi a me relacionar mais facilmente com as pessoas, nisso a “Plin Plin” e o estudo sobre comportamento humano me ajudaram muito. Afinal de contas, entender o que as pessoas querem ou esperam como aceitável, facilita a simulação de um comportamento mais comum.


No 3° ano eu estava bastante entrosado com a turma, falava com quase todos e não era mais taxado como “estranho”. Vejo agora que apreciava a convivência superficial com os colegas de classe, porém não deixei de estar sozinho, a não ser pela “Plin Plin”. Ao fim do 3° ano o clima estava "cinza", a turma estava assustada com a separação eminente. Algumas amizades se fortaleciam, outras desapareceram... Porém, o que preciso ressaltar é que toda essa atmosfera “noir” pouco interferiu no “meu mundo”. De fato, eu estava com medo de me afastar da “Plin Plin”, mas quanto ao restante da turma (...)

Qual a relevância dessa informação?


Todas as manifestações emocionalmente verdadeiras passaram distante de mim, ninguém me conhecia. Era como se eu estivesse trancado em mim mesmo e as ações simuladas para conseguir “aceitação” fossem muralhas que impediam qualquer um de me acessar. Então tentei buscar minha “essência”, mas eu também não sabia quem era. Isso não me afetou muito, afinal as pessoas são produto do meio, eu estava assumindo um comportamento relativo a cada ambiente social que me circundava.


Tudo isso me instigava na busca de respostas para minhas próprias ações e especialmente emoções. Eu sempre fui um tanto depressivo, mas agora, tentava achar o porquê [a leitura de artigos relacionados à psicologia me “ajudavam” nisso]. Esse “entender”, se refere ao tipo de coisa que provocava a liberação de certos neurotransmissores no meu organismo [dopamina e endorfina, responsáveis pela felicidade]. É fácil prever se vou estar feliz ou não, depressivo ou não. Coloco a mim mesmo num plano de analise racional e quase imparcial. Achava isso muito interessante e excitante, porém não era válido para liberar as substancias que me fariam “feliz” [ou tornariam minha existência aceitável].


“Como se pode aceitar um conselho anti-depressivo sabendo de que modo àquilo vai agir na própria mente, o efeito placebo desaparece...”


“A maior tristeza é quando sabemos o porquê de não sermos felizes”


“A ignorância em relação aos próprios processos cognitivos é uma benção”


“Plin Plin” e eu iríamos nos separar, e eu estava ciente de que isso me faria mal. Estava apaixonado por ela, mas racionalmente não via como contar-lhe, e nem tão pouco motivos para ela não me “dar um fora”. Na verdade, eu estava com medo de que ela se afastasse de mim. Era melhor tê-la como amiga do que não tê-la por perto. [Esse pensamento durara grande parte do meu ensino médio]


Vocês podem achar que minha depressão era decorrente disso, mas não. As desculpas plausíveis já foram apresentadas acima, embora, em parte também fossem uma certa fuga. Junto ao questionamento sobre os porquês de minhas sensações e emoções, surgia também o questionamento sobre a razão deu eu continuar existindo... [Não fazia sentido]


Eu me inscrevi para o vestibular de psicologia da UERJ, pois como se pode para notar, estava determinado ou obcecado por entender o psiquismo humano. O ano acabava, houve uma cerimônia de formatura, que eu preferi não participar, mas isso é irrelevante. Lembro-me que no último encontro havia algumas meninas chorando, uns abraçando os outros e ainda fazendo votos de permanecer “juntos para sempre” [Não consegui ter nenhum pensamento sarcástico ou frio, eu queria poder fazer o mesmo que eles]. Nesse “último contato” a “Plin Plin” ficou o dia todo agarrada comigo [eu pensei em tentar algo mas estava inseguro, ou melhor, era covarde]. Quando eu a levei até o ponto, ela estava chorando, eu fiquei realmente emocionado, como se nunca mais fosse vê-la [era uma sensação estranha]. Assim terminava meu ensino médio. Devo dizer que o convívio diário de quase 12h com aquele pessoal me fez aprender muito, mais tarde eu perceberia isso...


Alguns alunos da minha turma receberam bolsas para um curso de 3 meses que iria se iniciar no 2° semestre do ano seguinte, “Pli Plin” e eu fomos selecionados...


"Plin Plin" e eu part III
Solo -Interlúdio part II


1 Comentário:

"Plin Plin" disse...

Fiz minha conta só pra comentar suas "loucuras"

Isso é um daqueles jeitos estranhos de vc dizer que gosta de mim, rsrs

Eu te amo! S2

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