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domingo, 7 de junho de 2009

"Plin Plin" e eu - Part. II

Essa relação de competitividade entre nós durou quase um ano [isso mesmo], somente no 4°PE do 1° ano aconteceu uma coisa “interessante”...

Seria mais fácil explicar se eu pudesse falar um pouco da Configuração Interna da “Plin Plin”, mas não vou me aprofundar, porque ela vai ler isso, não sei vai sentir-se a vontade.
Durante todo o 1° ano a “Plin Plin” sempre aparentou ser uma menina [normal], isto é, o comportamento dela nunca se diferenciou muito da maioria da garotas da minha turma. Para mim não fazia sentido uma garota tão comum [superficialmente], ser capaz de me deixar abobalhado quando resolvia mostrar o quanto era boa nas argumentações filosóficas.

Uma coisa importante a dizer: Na época, eu era mais imaturo do que agora. Eu acreditava que o isolamento me fazia ser capaz de observar o mundo e julgar as informações com imparcialidade. Na verdade, era apenas uma desculpa, porque se eu pudesse, trocaria toda aquela “aura intelectual” por um comportamento que me aproximasse das pessoas e/ou suprisse minha carência emocional [14 anos, eu era adolescente, meus hormônios me faziam ser mais carente do que nunca antes]. Ver a “Plin Plin” me fez pensar que talvez fosse possível ser “inteligente” sem me isolar do mundo, mas o que fazer com meu comportamento estranho? Foi nessa época que eu usei pela primeira vez a expressão: “Simulação Comportamental”. Eu admirava demais a “Plin Plin”, ela consegue ser filosófica e racional sem negar as emoções e o contato com as pessoas [coisa que eu me sentia incapaz de fazer].

Mas continuando, o que aconteceu durante as avaliações do 4°PE...

Certo dia durante a semana de provas notei que a “Plin Plin” parecia estranha, muito mais reclusa que o normal. Ela permaneceu assim por mais de uma semana, notei também que os supostos amigos dela se mostravam indiferentes aquilo, estavam mais ocupados com seu mundo de interesses fúteis... Eu pensei varias vezes em perguntar o que acontecera, mas não sabia como me apresentar. Nós nunca havíamos conversado por mais de 3min [sério, discordâncias entre pontos de vista em sala de aula, não valem como dialogo].

Na semana dos resultados [que eram publicados num mural] observei a queda no rendimento dela em filosofia, de acordo com meu modo idiota de pensar, eu deveria estar contente por ser o aluno n° 1, mas não estava... Era um misto de curiosidade e um pouco de preocupação, onde estava àquela energia que me cativava e ao mesmo tempo me assustava às vezes..?

Tentei tirar aquilo da minha cabeça, dizendo que não era importante, mas acho que não consegui. Não sei se nesse dia ou no seguinte ela falou comigo pelo MSN, eu achei estranho, mas conversei com ela. Sem ter nenhuma noção de como interagir socialmente, eu não me importei em perguntar sobre a nota 6,5 que ela havia conseguido em filosofia. Ela respondeu apenas que não era tão boa quanto às pessoas julgavam, ainda completou dizendo que as pessoas se decepcionariam muito se a conhecessem de verdade. Desnecessário dizer que eu estava maravilhado. O resto da conversa foi inútil, falamos um pouco de filosofia, a mutabilidade do ser humano, comparamos com as águas do rio [lembrando de Heráclito], mas o dialogo foi estimulante ... Eu já havia conversado superficialmente com alguns colegas de classe pelo MSN, mas nunca com ela, na verdade ela raramente estava online.

O dia seguinte foi normal, ela não falou comigo, e estava de volta ao grupo. Porém, à noite quando ela estava no MSN, ficávamos conversando sobre nossa visão da sociedade, e como às pessoas simulavam certas atitudes para serem aceitas. Pelo MSN a “Plin Plin” parecia muito diferente [eu comecei a pensar que ela tinha uma configuração interna parecida com a minha, porém não sabia como descobrir]. Por fim, o 1° ano acabou e entramos de férias, mas durante o recesso “Plin Plin” e eu mantemos contato através do Messenger. Acho que começamos a compartilhar experiências de vida e ficamos um pouco mais íntimos, não havia mais àquela rivalidade idiota. Eu lembro que em fevereiro comecei ficar ansioso para o início das aulas, o 2° ano iria começar...

Eu estou resumindo os acontecimentos, mas a minha mente fervilhava em teorias sobre quem seria a verdadeira “Plin Plin”. Foi nesse tempo que passei a analisar teoricamente as pessoas, busquei na internet a relação entre a personalidade e o comportamento dos indivíduos, e entendi o funcionamento de vários testes. Assim eu percebi que adoro analisar todas as coisas, e as pessoas são parte disso, uma parte muito divertida. Prever determinadas ações dos outros, deduzir como as influências externas vão mexer com o psiquismo individual e a consciência comum... Eu sabia muito pouco, mas era um inicio. Mais tarde isso me ajudou e ajustar minhas ações ao que é aceitável. Saber como agir para não ser odiado, e especialmente para ser aceito pelo “mundo normal”...



"Plin Plin" e eu Part I

"Plin Plin" e eu Part III

4 Comentários:

Ғгεε აριгιτ disse...

O Amor é lindo, não?
Acho que as pessoas que me conhecem hoje, não podem nem imaginar como eu era anos atrás...

adasdassd disse...

eh interessante a forma q vc escreve ;D
ta me deixando curioso
colocando parte a parte
bom de um contador de historia eh saber qd parar ;D
i vc eh um safado do kralho
fica manipulando os outros
ssabem q tds adoram um final feliz neh
espera so eu contar a minha
vou "ownar" vc hasdihisahhasd
mas continua q ta bom

Rayanne disse...

Faça das palavras de Chen as minhas (em partes, deixo claro) =D

"Plin Plin" disse...

Rsrs, eu li os comentários... Quero meus créditos, sou a protagonista^^

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